O que acontece quando o degelo a gás quente é ineficiente?

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A formação de gelo nos evaporadores impede a circulação do ar causando perda de eficiência do sistema de refrigeração e, em alguns casos, retorno refrigerante no estado líquido ao compressor.

O resultado é um maior consumo de energia e, em alguns casos, a quebra do compressor e outros componentes, exigindo a troca.

Como vimos no artigo anterior Quais os processo de degelo do sistema frigorífico, o degelo a gás quente mostra eficiência superior em comparação ao degelo elétrico.

Mas qual a consequência para o sistema de refrigeração se o derretimento não for completo no degelo a gás quente?

O que fazer se o degelo a gás quente não foi totalmente eficiente?

Um degelo a gás quente bem instalado e projetado realiza o derretimento das placas de gelo mais rápido que um degelo elétrico.

Esse desempenho é superior em comparação ao degelo elétrico, que necessita do sistema de refrigeração inoperante por mais tempo.

E, pela temperatura não se elevar muito, não gera vapor dentro da câmara.

Não há dúvidas que esse é um dos mais eficientes tipos de degelo de sistema frigorífico.

Contudo, pode haver casos em que o degele a gás quente não é tão eficiente quanto o esperado.

Assim, quando o gelo não derrete completamente, há formação de mais água junto com o gelo restante, que volta a congelar com o retorno do processo de refrigeração e comprime o tubo de cobre do forçador de ar.

Uma vez que a água em estado sólido tem aumento de volume, dentro do tubo de cobre se expande e, com a pressão, amassa-o, podendo até mesmo causar seu rompimento e posterior vazamento de gás.

E isso interfere no sistema de refrigeração, causando até mesmo perda de produtos por má conservação.

Como consequência, será necessário um gasto com manutenção corretiva.

Um segundo ponto de atenção, principalmente em sistemas de expansão seca, é o cuidado com os controles, de forma a garantir que não haja condensação do fluido refrigerante dentro do evaporador, de modo que esse, ao retornar ao compressor, o quebre por golpe de líquido.

Fique atento a todos os processos de degelo no sistema frigorífico para conferir se ele aconteceu corretamente.

Realize também a manutenção preventiva para garantir vida longa aos seus equipamentos de refrigeração industrial e, assim, melhorar sua capacidade produtiva.

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Até a próxima!

Publicado por: www.frigocenter.com.br

Quais são os processos de degelo do sistema frigorífico?

Os sistemas de refrigeração que trabalham com temperaturas baixas estão sujeitos à formação de gelo.

Isso ocorre por conta da umidade presente no ar e atinge especialmente os evaporadores.

O gelo bloqueia a passagem de ar, diminuindo a troca de calor entre o ar e o fluido refrigerante. Como consequência, seu desempenho é afetado e se torna suscetível a quebras.

Dessa forma, o degelo do sistema frigorífico é um processo fundamental e não pode ficar de fora de sua rotina de manutenção.

Como ocorre o degelo do sistema frigorífico

Quando o gelo atinge os evaporadores, ele entra também em contato com a serpentina fria e se solidifica.

É justamente nesse ponto que o processo de degelo do sistema frigorífico se concentrará.

Abaixo, alguns meios de realizar esse procedimento:

  1. Degelo elétrico;
  2. Degelo a gás quente;
  3. Degelo natural;
  4. Degelo por água corrente.

A escolha ideal será feita de acordo com as necessidades e equipamentos de uma indústria.

Hoje os dois modelos mais utilizados em empresas com sistemas de refrigeração são o elétrico e a gás quente.

Veja aqui como é o funcionamento dos 4 tipos principais de processo de degelo de sistema frigorífico bem como suas forças e fraquezas.

  1. Degelo elétrico 

É o mais utilizado nos equipamentos de refrigeração de pequeno e médio porte.

Nele, resistências elétricas são instaladas próximas à serpentina, de modo a fornecer o calor que ocasionará o derretimento do gelo da serpentina.

O problema é que, de todo calor gerado, apenas 30% é direcionado ao degelo. O restante se dispersa pela câmara e ocasiona aumento de temperatura no ambiente.

E isso pode comprometer a conservação de produtos frágeis, além de dificultar a retomada da condição térmica anterior.

Outra consequência comum está na camada de gelo chegar até as resistências.

Quando isso acontece, além de derreter, o gelo se evapora e a umidade do ar aumenta. Torna-se, então, um ciclo vicioso.

Por ser elétrico, temos um alto consumo de energia elétrica.

Embora muito utilizado, o modelo se mostra pouco eficiente em comparação ao que vamos apresentar a seguir.

  1. Degelo a gás quente 

O degelo a gás quente se utiliza do vapor superaquecido originado na descarga do compressor para derreter o gelo na serpentina.

Isso ocorre através de um desvio que leva esse vapor até o evaporador, possibilitando o derretimento de “dentro para fora”.

O resultado é um direcionamento de calor para a camada de gelo de 70%, enquanto apenas 30% se dissipam no ambiente.

Ou seja, o sistema de refrigeração não precisa trabalhar a mais para suprir a necessidade de resfriamento maior.

É importante ressaltar que o gás quente não possui temperatura suficiente para vaporizar o gelo e, portanto, não afeta a umidade interna.

Existem diferentes tipos de sistema que trabalham com o degelo a gás quente, em todos eles, alguns controles a mais se faz em necessários.

Após percorrer toda a serpentina, o gás quente é lançado novamente na linha de sucção.

É nesse ponto que precisamos de um cuidado especial. Quando utilizamos sistemas inundados, como é muito comum na amônia, isso não é uma preocupação.

Porém, quando falamos de expansão seca, mais comum na aplicação de fluidos sintéticos, temos que garantir que chegue apenas vapor no compressor.

Caso contrário, ele sofrerá uma quebra por golpe de líquido. Isso exige a utilização de algumas válvulas e controles precisos.

Embora exijam adaptações ao sistema, a solução apresenta um maior grau de eficácia em câmaras de diferentes tamanhos.

Além disso, tem a grande vantagem de economizar energia elétrica por não estar ligado à resistência elétrica.

  1. Degelo natural 

Só é possível realizar esse tipo de degelo em ambientes frios, com temperaturas superiores a 0ºC.

E como ele acontece?

A válvula solenoide é desligada de forma a parar a passagem de gás pelo evaporador, enquanto que sua ventilação se mantém ligada.

Como o ar ambiente está a uma temperatura superior a 0ºC, ele mesmo, ao passar pelo aletado, derrete o gelo.

Nesse sistema, o gelo se derrete naturalmente sem que haja a necessidade de sistema de aquecimento ou resistência elétrica.

Apesar da economia de energia elétrica, esse processo pode demorar a se finalizar exatamente por ser de forma natural e depender da temperatura ambiente.

  1. Degelo por água corrente

Esse tipo de degelo é mais comum em grandes evaporadores e possui uma eficiência interessante, uma vez que não utiliza energia elétrica nem para a circulação do gás quente e nem para as resistências.

Para realizar esse degelo, desliga-se a solenoide da refrigeração, posteriormente se abre a válvula de água.

O evaporador possui um distribuidor de água no alto, de modo a criar um chuveiro de água corrente em todo o aletado, garantindo o derretimento do gelo.

Esse modelo se aplica em sistemas grande porte, nos forçadores de câmaras e túneis de congelamento.

Em comparação ao degelo a gás quente e elétrico, esse tem uma complexidade baixa, porém sua duração é um pouco superior ao gás quente.

Uma desvantagem desse sistema é o consumo de água. Uma vez que essa água do degelo é descartada pelo dreno.

Seja qual for o modelo de seu sistema de refrigeração, não deixe de realizar o degelo.

Garanta o melhor desempenho de seus equipamentos e, por consequência, a qualidade de seus produtos.

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Até a próxima!

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