Quais são os processos de degelo do sistema frigorífico?

Os sistemas de refrigeração que trabalham com temperaturas baixas estão sujeitos à formação de gelo.

Isso ocorre por conta da umidade presente no ar e atinge especialmente os evaporadores.

O gelo bloqueia a passagem de ar, diminuindo a troca de calor entre o ar e o fluido refrigerante. Como consequência, seu desempenho é afetado e se torna suscetível a quebras.

Dessa forma, o degelo do sistema frigorífico é um processo fundamental e não pode ficar de fora de sua rotina de manutenção.

Como ocorre o degelo do sistema frigorífico

Quando o gelo atinge os evaporadores, ele entra também em contato com a serpentina fria e se solidifica.

É justamente nesse ponto que o processo de degelo do sistema frigorífico se concentrará.

Abaixo, alguns meios de realizar esse procedimento:

  1. Degelo elétrico;
  2. Degelo a gás quente;
  3. Degelo natural;
  4. Degelo por água corrente.

A escolha ideal será feita de acordo com as necessidades e equipamentos de uma indústria.

Hoje os dois modelos mais utilizados em empresas com sistemas de refrigeração são o elétrico e a gás quente.

Veja aqui como é o funcionamento dos 4 tipos principais de processo de degelo de sistema frigorífico bem como suas forças e fraquezas.

  1. Degelo elétrico 

É o mais utilizado nos equipamentos de refrigeração de pequeno e médio porte.

Nele, resistências elétricas são instaladas próximas à serpentina, de modo a fornecer o calor que ocasionará o derretimento do gelo da serpentina.

O problema é que, de todo calor gerado, apenas 30% é direcionado ao degelo. O restante se dispersa pela câmara e ocasiona aumento de temperatura no ambiente.

E isso pode comprometer a conservação de produtos frágeis, além de dificultar a retomada da condição térmica anterior.

Outra consequência comum está na camada de gelo chegar até as resistências.

Quando isso acontece, além de derreter, o gelo se evapora e a umidade do ar aumenta. Torna-se, então, um ciclo vicioso.

Por ser elétrico, temos um alto consumo de energia elétrica.

Embora muito utilizado, o modelo se mostra pouco eficiente em comparação ao que vamos apresentar a seguir.

  1. Degelo a gás quente 

O degelo a gás quente se utiliza do vapor superaquecido originado na descarga do compressor para derreter o gelo na serpentina.

Isso ocorre através de um desvio que leva esse vapor até o evaporador, possibilitando o derretimento de “dentro para fora”.

O resultado é um direcionamento de calor para a camada de gelo de 70%, enquanto apenas 30% se dissipam no ambiente.

Ou seja, o sistema de refrigeração não precisa trabalhar a mais para suprir a necessidade de resfriamento maior.

É importante ressaltar que o gás quente não possui temperatura suficiente para vaporizar o gelo e, portanto, não afeta a umidade interna.

Existem diferentes tipos de sistema que trabalham com o degelo a gás quente, em todos eles, alguns controles a mais se faz em necessários.

Após percorrer toda a serpentina, o gás quente é lançado novamente na linha de sucção.

É nesse ponto que precisamos de um cuidado especial. Quando utilizamos sistemas inundados, como é muito comum na amônia, isso não é uma preocupação.

Porém, quando falamos de expansão seca, mais comum na aplicação de fluidos sintéticos, temos que garantir que chegue apenas vapor no compressor.

Caso contrário, ele sofrerá uma quebra por golpe de líquido. Isso exige a utilização de algumas válvulas e controles precisos.

Embora exijam adaptações ao sistema, a solução apresenta um maior grau de eficácia em câmaras de diferentes tamanhos.

Além disso, tem a grande vantagem de economizar energia elétrica por não estar ligado à resistência elétrica.

  1. Degelo natural 

Só é possível realizar esse tipo de degelo em ambientes frios, com temperaturas superiores a 0ºC.

E como ele acontece?

A válvula solenoide é desligada de forma a parar a passagem de gás pelo evaporador, enquanto que sua ventilação se mantém ligada.

Como o ar ambiente está a uma temperatura superior a 0ºC, ele mesmo, ao passar pelo aletado, derrete o gelo.

Nesse sistema, o gelo se derrete naturalmente sem que haja a necessidade de sistema de aquecimento ou resistência elétrica.

Apesar da economia de energia elétrica, esse processo pode demorar a se finalizar exatamente por ser de forma natural e depender da temperatura ambiente.

  1. Degelo por água corrente

Esse tipo de degelo é mais comum em grandes evaporadores e possui uma eficiência interessante, uma vez que não utiliza energia elétrica nem para a circulação do gás quente e nem para as resistências.

Para realizar esse degelo, desliga-se a solenoide da refrigeração, posteriormente se abre a válvula de água.

O evaporador possui um distribuidor de água no alto, de modo a criar um chuveiro de água corrente em todo o aletado, garantindo o derretimento do gelo.

Esse modelo se aplica em sistemas grande porte, nos forçadores de câmaras e túneis de congelamento.

Em comparação ao degelo a gás quente e elétrico, esse tem uma complexidade baixa, porém sua duração é um pouco superior ao gás quente.

Uma desvantagem desse sistema é o consumo de água. Uma vez que essa água do degelo é descartada pelo dreno.

Seja qual for o modelo de seu sistema de refrigeração, não deixe de realizar o degelo.

Garanta o melhor desempenho de seus equipamentos e, por consequência, a qualidade de seus produtos.

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Até a próxima!

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Formação de gelo em câmaras frigoríficas – O que fazer?

As câmaras frigoríficas de grande capacidade, utilizadas pela indústria, são essenciais para nossa vida moderna.

Seu principal objetivo é conservar os alimentos sem que percam qualidade e características originais tanto no transporte quanto para o armazenamento a longo prazo.

E, para garantir o bom funcionamento, é essencial que a manutenção dos equipamentos de refrigeração esteja em dia.

Entre os principais problemas enfrentados está a formação de gelo.

Como lidar com a formação de gelo na câmara frigorífica

A formação de gelo nas câmaras frigoríficas impede o bom funcionamento dos componentes e afeta seu desempenho.

Os motivos que levam ao surgimento do gelo são basicamente dois.

O primeiro é em relação à umidade proveniente dos produtos armazenados. Normalmente os produtos sem embalagem costumam trazer mais umidade para dentro da câmara.

O segundo, e mais complicado, refere-se à umidade proveniente dos ambientes externos, que vem pela abertura das portas.

Problemas ocasionados pela formação de gelo

Em câmaras com temperatura positiva, temos o problema de formação de gotas, normalmente no teto, vindo a pingar em cima das embalagens, estragando-as.

Além disso, essa água molha o chão, que fica escorregadio. E isso pode provocar acidentes.

Em câmaras de temperatura negativa, o problema é ainda maior. Essa umidade se transforma em gelo no aletado do evaporador, no teto e nos produtos.

No aletado, esse gelo formado no interior do evaporador faz com que se tenha que fazer mais degelos.

A formação de gelo, por si só, já é algo que consome energia do sistema, uma vez que você está desviando uma parte do frio para fazer gelo, ao invés de resfriar a câmara.

Temos que lembrar também que cada ciclo de degelo gasta mais uma porção de energia, para que aqueça e derreta todo o gelo no interior do evaporador.

Entendido os problemas com o evaporador, temos o segundo: a formação de gelo pela câmara.

No caso das de grande porte, essa formação de gelo começa a ser um grande problema.

Câmaras de grandes centros de distribuição, por exemplo, nunca são desligadas e, por isso, não se consegue derreter o gelo que começa a se formar no teto.

Esse gelo começa a ganhar cada vez mais espaço o que pode até mesmo comprometer estruturalmente o teto a câmara.

E, nesses casos, medidas drásticas devem ser tomadas para sua retirada.

Como combater a formação de gelo

É muito importante, principalmente em câmaras de temperatura negativa, termos antecâmaras tanto na entrada, como na saída da câmara principal.

As antecâmaras funcionam como uma barreira para a umidade. Também tem a função de pré- resfriar o ar, antes de ele entrar na câmara.

Em alguns casos é recomendável a climatização e desumidificação química, através de discos de sílica gel.

Costumam-se aplicar portas rápidas no acesso às câmaras.

Essas portas têm sua abertura e fechamento de modo rápido, evitando longas aberturas.

O operador abre a porta via controle, botoeira, corda ou até mesmo via aproximação. Após o operador passar, a porta se fecha automaticamente.

As portas rápidas são interessantes, porém não possuem boa isolação térmica.

Depois da carga e a descarga, é indispensável que se tenha uma segunda porta, essa frigorífica, para o perfeito isolamento da câmara, a fim de economizar energia.

Também temos os erros operacionais.

É muito comum o operador manter a porta da câmara aberta por mais tempo que o necessário.

Para combater os erros operacionais, é preciso de treinamento e acompanhamento.

Tome as medidas necessárias e se previna do problema de formação de gelo em sua indústria. Você também evita o aumento no consumo de energia.

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Até a próxima!

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Fluido Simples vs Fluido Blend

Nesse vídeo vamos falar sobre as diferenças entre Fluido Simples e Fluido Blend, também conhecidos como misturas.
E você sabe o que define uma mistura como azeotrópica ou não azeotrópica?
Dê play no vídeo e esclareça todos esses conceitos!
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